quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Escolhas da vida


                     

João era o tipo de cara que você gostaria de conhecer. Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer. Quando alguém lhe perguntava como ele estava, a resposta seria algo: Se melhorara estraga.
Ele era um gerente especial, pois seus garçons o seguiam de restaurante a restaurante apenas pelas suas atitudes. Ele era um motivador nato, se um colaborador estava tendo um dia ruim, João estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação.
Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei:
-Você não pode ser uma pessoa positiva o tempo todo -como você faz isso?
Ele me respondeu:
-A cada manhã ao acordar digo algo pra mim mesmo.
João, você tem duas escolhas hoje.
Você pode ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor. 
Cada vez que algo de ruim acontece, posso escolher bancar a vitima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo, toda vez que alguém reclama, poso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.
-Certo, mas não é fácil- argumentei.
-É fácil -disse-me João.
A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo em toda situação sempre há uma escolha.
Você escolhe como reagira as situações.
Você escolhe como as pessoas afetarão o seu humor e sua escolha de como viver a vida.
Eu pensei, sobre oque o João disse, e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha.
Anos mais tarde, soube que João cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã,
foi rendido pelos assaltantes. Dominado enquanto tentava abrir o cofre, sua mão tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo.
Os ladroes entraram em pânico e atiraram nele. Por sorte ele foi encontrado a tempo de ser socorrido.
 e levado para o Hospital.
Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo teve alta, ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.
Encontrei João por acaso. Quando lhe perguntei como estava, respondeu:
- Se melhorar estraga.
Contou-me oque havia acontecido.
-Quer ver minhas cicatrizes?
Recusei-me a ver seus antigos ferimentos, mas perguntei-lhe oque  havia passado em sua mente na ocasião do assalto.
-A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás- respondeu-
Então deitado no chão ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas, poderia viver ou morrer.
Escolhi viver.
-Você  não estava com medo? perguntei
-Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom.
Mas quando entrei na sala de cirurgia e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado.
Em seus lábios eu via "esse já era"
Decidi então que tinha de fazer algo.
_Oque você fez ?- perguntei
-Bem havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas.
Me perguntou se eu era alérgico a alguma coisa.
Eu respondi "Sim"
Todos pararam para ouvir minha resposta
"Sou alérgico a balas"
Entre risadas lhes disse: Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, e não morto.
João sobreviveu graças a persistência dos médicos, mas também graças a sua atitude.
Aprendi que todo dia temos a opção de viver plenamente.
  (Desconheço o autor)                  
    


Lendo isso, lembrei-me de algo que aconteceu tempos atrás.
Uma criança caiu e ralou o joelhinho, e começou a chorar, em seguida sem mais nem menos parou.
Lhe perguntei se não estava doendo mais.
Ela me respondeu:
-Esta sim, é que me mandei parar de chorar e me dei ouvidos!

                                                                   Inisv



“Há uma história freqüentemente contada sobre três homens que se inscreveram para trabalhar como motoristas de uma empresa transportadora. O escolhido exerceria suas funções em estradas montanhosas, elevadas e perigosas. Inquirido sobre sua habilidade como motorista, o primeiro respondeu: ‘Sou motorista bom e experiente. Dirijo tão próximo do precipício que as rodas do veículo chegam a costear-lhe a beira, sem jamais saírem para fora’.
‘O senhor dirige bem’ disse o empregador.
O segundo jactou-se: ‘Sei fazer melhor do que isso. Dirijo com tanta precisão, que as rodas chegam a lamber a beira do precipício, ficando uma metade bem na beiradinha e a outra no ar’.
O empregador ficou imaginando o que o terceiro homem podia oferecer, e ficou muito surpreso e grato com o que ouviu.
‘O que sei fazer e faço, é conservar-me tão longe quanto possível da beira do precipício’. Nem é preciso perguntar quem conseguiu o emprego.” (Spencer W. Kimball, O Milagre do Perdão, 1969, p. 218, reimpresso em 1999)


                                                                      

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários