segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Trapacear ou não trapacear


                      
Aos dezessete  anos de idade e cursando enfermagem, achava meu segundo ano de faculdade extremamente puxado
.(Nas Filipinas terminamos a escola secundaria aos dezesseis anos.) A roda viva de provas, projetos de pesquisa e leituras era estafante. Tinha a impressão de estar sempre com olheiras, pois dormia pouquíssimo.
Apesar da pesada carga de trabalho, sempre tentava recordar que o sacrifício trás bençãos.
Eu sabia que se estudasse bastante teria um futuro melhor.Sempre que tinha vontade de jogar tudo para o alto e ir dormir sem estudar, imaginava como me sentiria triste e derrotada no dia seguinte caso me saísse mal numa prova ou num trabalho.
Isso já era motivação suficiente para ficar acordada e estudar.
Muitos colegas ficavam aborrecidos quando tiravam nota baixa numa prova. Contudo, não queriam se dedicar aos estudos. Assim, não raro se "ajudavam"repassando  respostas durante provas ou testes,  permitindo que outros olhassem sua folha nos momentos de distração do professor. Muitas vezes me senti tentada a fazer o mesmo, mas nunca tive coragem. Já li inúmeras vezes em revistas da igreja que os membros da igreja devem seguir padrões elevados, o que inclui não trapacear.
Assim, sempre estudei muito e resisti a tentação, embora isso as vezes tenha acarretado notas mais baixas do que as dos demais colegas, pois eles contavam com a ajuda uns dos outros.
Certo dia, tive aulas das 7h da manha até as 7h da noite  e havia uma prova marcada para cada aula.
Somente para um dos exames, estudei dez paginas." Como vou sobreviver a tudo isso?" pensei.
Felizmente, sai-me bem na primeira prova.  Aproveitei a hora do almoço para estudar para a avaliação seguinte. Quando entrei na sala e comecei a prova, percebi que sabia as respostas de todas as questões, exceto uma. " Como pode ser?" pensei. " Estudei tanto para esta prova.Deveria saber esta resposta!"
Ao bater com a caneta furiosamente na cadeira, ocorreu-me que bastaria um instante para virar a cabeça, levantar o cabelo e espiar a folha do colega ao lado." Eu poderia fazer isso uma única vez", pensei," e gabaritar a prova.Somente uma vezinha não vai fazer mal. Alem disso, sou sempre injustiçada. Estudo muito, mas tiro notas mais baixas por não trapacear!" Ainda assim,  não me senti a vontade. Fiquei inquieta na cadeira, tentando fazer uma escolha:: trapacear ou não trapacear.
Foi então que uma voz interior me disse:"Não , shery! Trapacear é errado, e você sabe disso!"
De repente, percebi que mesmo que tirasse a nota máxima na prova, não me sentiria bem caso agisse com desonestidade. O Pai Celestial contava comigo para fazer a escolha certa- esse era o verdadeiro teste. Só então uma escritura que eu aprendera na Escola Dominical me veio a mente:"Como pois  faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?"(Gênesis 39:9) Eu sabia que o Pai Celestial me ajudara a transpor inúmeros desafios, inclusive muitas outras provas e trabalhos universitarios.Como eu poderia esquecer tudo o que Ele fizera por mim e escolher o pecado?
Até hoje não me lembro da nota que tirei nessa prova. Não recordo se acertei ou não a questão. Mas sempre me lembrarei de como me senti bem por fazer a escolha correta.
Agora, no terceiro ano da faculdade, continuo as voltas  com um volume de trabalho elevado e tentações semelhantes, mas optar pela honestidade não é mais uma luta, pois já tomei essa decisão num momento de forte tentação. Aprendi que a alegria e a satisfação de tirar notas altas é maior quando me empenho e faço por merece-las. Sem duvidas, "iniquidade nunca foi felicidade" ( alma 41:10). A verdadeira felicidade consiste em guardar os mandamentos e seguir os conselhos de nosso profeta e outros lideres da igreja.
Creio firmemente nas palavras "Guarda os mandamentos. Seguro estarás e em paz".
                                                                              
                                                                             Shery Ann de la cruz
                            (copiado da Revista A liahona.de junho de 2010 pag 50)

                                                                              

A MAIS BELA FLOR
Comenta-se que por volta do ano 250 A.C, na China antiga, um príncipe do norte do país estava prestes a ser coroado imperador mas, segundo a lei, deveria se casar. Ciente disso, ele planejou uma "disputa" entre as moças da corte e, eventualmente, outras que se julgassem à altura de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, em ocasião festiva, todas as pretendentes e lhes apresentaria um desafio. Uma velha senhora, que servia no palácio há muitos anos, ouviu as conversas sobre os preparativos e se entristeceu, porque a sua jovem filha sentia amor pelo príncipe. Ao chegar em casa e descrever o fato à jovem, espantou-se ao saber do seu proposito de ir à festa, e lhe perguntou, incrédula: - Minha filha, você acha que poderá estar lá? Comparecerão as mais belas e ricas moças da corte. Esqueça essa idéia absurda; sei que você deve estar sofrendo, mas não transforme o sofrimento em loucura. E a filha lhe respondeu: - Não, querida mãe, não estou sofrendo nem estou louca, porém sei que nunca ele me escolherá. Todavia, é uma oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe e isso já me torna feliz. Á noite, a jovem chegou ao palácio. Lá se encontravam todas as moças mais belas, com as mais finas roupas, com as jóias mais vistosas; todas elas decididas a ser a futura imperatriz. Então, o príncipe, em meio a grande expectativa as convida: - Entregarei a cada uma de vocês, uma semente. Quem, daqui a seis meses, trouxer-me a mais bela flor, será escolhida por mim, como esposa e imperatriz. A proposta do príncipe harmonizou-se com as antigas tradições chinesas, de valorizar muito o "cultivo" de algo, sejam costumes, amizades ou relacionamentos...As semanas passaram, e a meiga jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, tratava com muita paciência e carinho a sua semente, pois queria que a beleza da flor correspondesse à extensão de seu amor, e isso já a tranqüilizava. Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que sabia, mas nada brotou. Dia após dia ela via cada vez mais longe o seu sonho, mas sempre mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada nascera. Consciente de que fizera o melhor ao seu alcance, a moça comunicou à mãe que, de qualquer maneira, retornaria ao palácio, no dia e hora combinados, pois não desejava nada além de mais alguns instantes na companhia do príncipe. Na hora marcada, lá estava, com seu vaso vazio, ao lado das outras pretendentes, cada qual delas com uma flor mais bela com atraentes formas e cores. Ela estava maravilhada, diante do quadro deslumbrante. Por fim vem o momento aguardado: o príncipe observa cada uma das pretendentes, com o máximo cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele proclama a sua real escolha: a simples e bela jovem seria a sua futura esposa. As pessoas presentes ficaram chocadas, sem entender porque ele escolhera justamente aquela, que nada conseguira cultivar. Então, serena e sabiamente, o príncipe sentenciou:- Esta foi a única que cultivou a flor e isso lhe deu o mérito de poder ser uma imperatriz. A flor da honestidade. Todas as sementes que ofertei eram estéreis.
(Autor desconhecido)

                      

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